Linguagem Pastoral

Linguagem Pastoral

Linguagem Pastoral

Boletim 715 – por Ap. Claayton Nantes

Especialistas em interpretação de linguagem afirmam que as palavras têm somente 7% de influência na interpretação total da comunicação, e isso porque conseguem emitir vibrações e nuances no timbre de voz.

Estamos no mundo da comunicação, tecnologia, informática; na “geração online”, em que a informação é instantânea, quase que toda ela – WhatsApp, Facebook, Skype, além de tantas outras ferramentas que a modernidade nos proporciona. Mas há um ponto negativo nisso: com todas estas ferramentas de tecnologia, a comunicação física está cada vez mais distante, não apenas entre os cônjuges, a família, os amigos, mas também entre professor e aluno, pai e filhos, mentor e discípulos, setores sociais, equipe e líderes, empresas e seus colaboradores, e infelizmente até entre pastores e seu rebanho!

O escritor Gary Chapman passou para o papel “As Cinco Linguagens do Amor”, um best-seller agora com versões voltadas à casais, homens, mulheres, solteiros, adolescentes, etc. Com sábias palavras, ele conseguiu registrar em livro as incompatibilidades na comunicação a dois.

Nem tudo aquilo que você quer dizer é de fato o que o outro entende. Por outro lado, há pessoas que têm linguagens diferentes de comunicação e podem interpretar a sua linguagem de maneira equivocada.

Por exemplo, há pessoas cuja linguagem do amor é o toque físico; já para outras, a linguagem é feita de palavras de afirmação. E há outras linguagens como tempo de qualidade, atos de serviçopresentes.

Um demonstra que ama ao dar tempo de qualidade, outro presenteia (e muitas vezes é mal interpretado). Um tem a mania do toque, já o outro utiliza palavras de afirmação.

Agora tente transferir isso para o coletivo, quando o pastor tem duas a três horas por semana para ministrar, transmitir e comunicar a fé com uma “linguagem” que é captada em apenas 7%. Realmente só um milagre pelo Espírito Santo de Deus para trazer o crescimento e a maturidade para o rebanho de Cristo!

Nestes últimos anos, em que as pessoas estão cada vez mais querendo resolver tudo online, ou seja, por email ou por redes de relacionamento, tenho visto inúmeros problemas de total falha de interpretação – fala-se “A” e as pessoas entendem “Z”.

Acontece o mesmo com a gratidão e o reconhecimento: a interpretação de feitos e ações tem sido totalmente distorcida, gerando assim uma profunda ingratidão e desrespeito. Estamos em uma geração ingrata, insaciável e carente, que quer atenção e exclusividade, e com isso o pastoreio se torna mal interpretado – quando não, distorcido, pois é esperado do pastor aquilo que não se tem no cônjuge, na família, na paternidade, no emprego, confundindo-se a verdadeira essência da Casa do Senhor, que é Casa de Oração e de ministração da Palavra.

É tempo de revermos os valores e voltarmos à prática da oração, jejum, clamor e relacionamento com Deus, nosso Sumo Pastor, Ele sim, o Pastor de nossas almas. Até porque se no âmbito natural os diálogos já estão sendo mal interpretados, que dizer do espiritual?

Chegamos a mais um “Dia do Pastor” – dia este destinado a honrar uma classe que tem sido cada vez mais desacreditada, frustrada, traída e mal interpretada.

Temos que estar atentos aos falsos apóstolos, falsos profetas, falsos mestres e falsos pastores, pois inúmeras vezes lemos na Palavra de Deus acerca deste alerta para os últimos dias. Portanto, aprenda a reconhecer e valorizar os pastores que Deus tem lhe dado, e saiba discernir sua linguagem e expressão, para que não o interprete de modo errado.

A todos os apóstolos, bispos, pastores e amigos, um feliz Dia dos Pastores, sabendo que temos um Supremo Pastor que nunca nos abandona e nos compreende não só 7%, mas muito além do que pedimos ou pensamos, em 100% de nossa psique.

Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a Palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina, mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências, e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério. [2 Timóteo 4:1-5]

Que a cada dia o Senhor renove suas forças e te abençoe no cumprimento do chamado.

Ser pastor é um privilégio, uma dádiva de Deus, porém, sabendo que nossa recompensa virá não de homens, mas sim, Daquele que nos comissionou para este importante ofício.

Feliz Dia dos Pastores!

 

 

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