Paternidade

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Boletim 724 – por Claayton Nantes

Não existe um manual ou uma fórmula a seguir para se educar um filho, pois cada ser humano é único na história; mas a Palavra de Deus nos dá parâmetros e conselhos muito eficazes para uma paternidade saudável, por isso o sábio Salomão escreveu:

“Ensina a criança no caminho em que ela deve andar e até quando se envelhecer não se desviará dele”. [Provérbios 22:6]s

O ser humano é livre para escolher com quem vai se casar e de quem vai ser amigo, mas “pais”, e “filhos”, ninguém escolhe, temos que aprender a conviver e essa convivência nem sempre é fácil.

A grande verdade é que todos precisam ser respeitados, e educar compreende também em muitas vezes frustrar, estabelecer limites, dizer “não” e contrariar a vontade de um filho  quando necessário.

Não são poucos os pais de adolescentes ou até pré-adolescentes que tem recorrido a psicoterapeutas a procura de respostas e conselhos diante de tantos problemas de relacionamento interpessoal, comportamentos socialmente inadequados e problemas de adaptação escolar e aprendizagem, sem contar a gama de vícios e ofertas que a vida apresenta.

Muitas vezes culpamos uma “nova geração”, nos omitindo de que esta é reflexo de uma geração passada.

Ao invés de questionarmos o que está acontecendo com nossos jovens, creio que a pergunta correta é o que está acontecendo com nossos pais e mães que parecem não saber sua função de educadores nos dias de hoje!

Infelizmente temos visto pais tentando transferir uma responsabilidade intransferível que é “educar”.

Olhando um pouco para trás, percebemos que a partir da década de 60 e da revolução sexual, tivemos início de uma transformação nos costumes e valores válidos em nossa sociedade. Entre tantos conceitos questionados, os modos de educação mais repressores foram postos em cheque, e começou a se erguer a bandeira da educação mais liberada para prevenir os “traumas” que uma educação muito repressora poderia causar na vida emocional dos filhos.

A questão da educação de filhos merece um maior cuidado por parte de educadores, psicoterapeutas e estudiosos de várias áreas.

Infelizmente temos visto muitos pais tratando seus filhos como “um rei no trono”, e isso tem sido extremamente prejudicial, pois toda criança nasce sem o senso latente de certo e errado definido, e muitos pais inconscientemente tem educado filhos sem limites, destruindo totalmente os princípios éticos e morais, e o fazendo achar que “tudo pode” e que ele é o dono de todas as coisas.

Ser corrigido, castigado e repreendido isso não pode ser motivo de trauma.

O próprio escritor de Hebreus já nos relata:

“E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela”. [Hebreus 12:11]

Corrigir, repreender e estabelecer limites é uma função muito importante no processo da educação.

Toda educação também tem que ser feita com base no afeto que se transmite ao filho, a criança precisa conhecer o amor, a amizade, o carinho, respeito, consideração, mas também, quais limites ela tem de respeitar, entre a vida dela e do próximo, para que ela possa tornar-se um ser humano apto para a vida em comunidade.

O pior desserviço que um pai pode prestar ao filho é a inversão de papéis, onde muitos pais transferem à criança a responsabilidade de decisão e escolha.

Toda criança tem uma quantidade enorme de energia, que precisa, desde cedo, ser bem canalizada.

A criança precisa de uma orientação adequada e segura, firme, e não apenas alguém que o ouça como amigo. Precisa sim de alguém que funcione como um porto seguro para onde recorrer, e esse porto seguro, suficientemente firme e forte para orientá-los quando não sabem como proceder para repreendê-los quando estiverem errados e para ensiná-los a respeitar a si mesmos e aos outros; definindo assim um modelo forte, seguro e afetivo, alguém que possam admirar, seguir, amar e respeitar.

Que o Senhor vos capacite a cada dia a formar uma geração saudável, equilibrada e vitoriosa, e que a cada dia tenha a alegria de se achar como um pai, acima de tudo, aprovado por Deus!

Feliz Dia dos Pais!

 

 

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