Lembrai-vos da mulher de Ló

Lembrai-vos da mulher de Ló

Lembrai-vos da mulher de Ló

Boletim 1014 – por Ap. Claayton Nantes

Contaminado pelo mundo – Ló pode ter sido considerado justo, mas também era mundano. Ele não tinha mais discernimento do julgamento iminente do que os moradores daquelas cidades, que eram ímpios. Embora fosse justo, foi apanhado de surpresa, ignorando o que estava para acontecer. Ló representa os cristãos carnais e mundanos, que não têm o ardente e santo temor de Deus. O relacionamento deles com o Senhor também não é muito diferente daquele entre fãs fanáticos e celebridades.

Ló escolheu a companhia dos descrentes, ao invés de uma vida separada. Os caminhos dos ímpios reduziram aos poucos a sua justiça. Eventualmente, essa convivência com os ímpios produziu fruto na vida de Ló e na vida dos seus descendentes. Os padrões dele não eram ditados por Deus; eram ditados pela sociedade ao seu redor. Ele vivia “afligido pelo procedimento libertino daqueles insubordinados (porque este justo, pelo que via e ouvia quando habitava entre eles, atormentava a sua alma justa, cada dia, por causa das obras iníquas daqueles)” – [2 Pedro 2:7-8].

O dia do julgamento teria vindo sobre Ló como um ladrão à noite, não fosse a misericórdia de Deus e sua amizade com Abraão. Deus enviou seus anjos mensageiros, da mesma maneira que vai enviar seus profetas mensageiros para advertir os crentes carnais das igrejas que continuam inconscientes do julgamento iminente.

Na urgência e fúria do julgamento iminente, a esposa de Ló escolheu olhar para trás. Ela havia sido advertida para não olhar para trás quando o Senhor enviasse a destruição sobre as cidades que estavam cheias de maldade. Mas ela havia sido tão influenciada pelo mundo que o seu impulso foi mais forte do que o temor do Senhor. É por isso que Jesus adverte os crentes no Novo Testamento para que se lembrem da esposa de Ló [Lucas 17:32].

Você não pode amar o mundo e ser amigo de Deus ao mesmo tempo.

Abraão temia a Deus. Ele era seu amigo. Ló tinha tudo, menos uma pequena medida de temor. Ele teve temor do Senhor apenas o suficiente para fugir do julgamento imediato, mas o julgamento atingiu aqueles que o seguiam.

Mais tarde, Ló demonstrou não conhecer o coração de Deus, nem os seus caminhos. Tiago se dirige aos crentes dizendo seriamente: Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. [Tiago 4:4].

Você não pode amar o mundo e ser amigo de Deus ao mesmo tempo. Tiago descreve a condição de um crente que ainda busca um relacionamento com o mundo como o de um adúltero e inimigo de Deus. Salomão nos diz: “Quem ama a sinceridade de coração e se expressa com elegância será amigo do rei.” [Provérbios 22:11]

Somente os puros de coração são amigos de Deus.

A verdadeira santidade ou pureza de coração é aperfeiçoada ou amadurecida no temor de Deus!

Vamos analisar o significado completo destas verdades para nós hoje! Deus estabelece as condições ou exigências para nossa aliança com Ele para que possamos morar na presença da sua glória. Devemos romper com o sistema do mundo e viver separados do mundo. Esta é uma obra em que cooperam o temor de Deus e a sua graça. É por isso que Paulo começa esse capítulo insistindo com a igreja de Corinto: “não recebais em vão a graça de Deus”. [2 Coríntios 6:1]

Em outra carta, Paulo esclarece melhor o assunto e nos exorta fortemente a buscar a santidade, porque se não a buscarmos jamais veremos a Deus: “Segui  a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus.” [Hebreus 12:14-15].

É tempo de se santificar!

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