Entendêre Mambúiê

Entendêre Mambúiê

Entendêre Mambúiê

Boletim 728 – por Ap. Claayton Nantes 

Retornamos essa semana de mais uma viagem, mais uma “Missão Cumprida”!

De todos os dezessetes anos viajando em missões creio que esta foi a viagem de maior resistência e impedimentos. Notícias e mais notícias de doenças, epidemias, malárias, ebola; os médicos do hospital do viajante que queriam de todas as formas que desistíssemos da viagem então colocaram terror e pânico em cada um que passava ali pela consulta para verificar vacinas, por outro lado o cônsul moçambicano que se opôs terrivelmente negando assim nosso visto e declarando abertamente ser bruxo e que não iria permitir que alguém fosse à terra dele para levar a Palavra de Deus, o Evangelho, que não dava visto para pastores, missionários e evangelistas, muito pelo contrário que se fossemos seríamos deportados e/ou presos ao chegarmos no aeroporto em Moçambique.

Quando entendemos que a batalha era espiritual nos motivamos ainda mais em ir, identificando que toda resistência era na verdade uma opressão diabólica.

Após decidirmos ir mesmo sem visto e com todos os riscos de saúde pelas epidemias, necessitávamos de outros grandes milagres, pois estávamos levando muitos donativos em roupas e materiais evangelísticos, nossas bagagens ultrapassavam 700 kg, e só tínhamos direito a 640kg, preparamos todas as malas onde cada viajante tinha direito a 2 malas de 32kg, equilibramos o peso aproximado e fomos atendidos por um funcionário da South África muito simpático que nos ajudou e proporcionou um jeito que não precisássemos pagar o excesso de bagagem; com translado e tempo de espera na conexão tivemos uma viagem tranquila de 14 horas em transito! Outro grande milagre embarcarmos aqui no Brasil sem visto, sem autorização e chegarmos no aeroporto em Beira sem vistos e sem carta! Mas para a glória de Deus, ao chegarmos lá, o Ap. Mário Casquinha já estava nos aguardando no aeroporto e logo nos instruiu como tirarmos o visto lá na imigração, pagamos os vistos novamente (pois o do Brasil foi perdido por ter sido negado), e passamos para a segunda etapa, a liberação da alfândega – outro grande milagre, pois não queriam liberar as bexigas por causa da propaganda, e nem as bonecas e centopeias, e roupas pela quantidade. Graças a Deus tudo foi liberado e conseguimos visto para 30 dias e liberação da bagagem. Na nossa chegada o Ap. Claayton ministrou no Centro de Adoração Peniel, “resgatando a Glória de Deus”, onde tinham mais de 2 mil pessoas, e no dia seguinte começamos uma conferencia para pastores e líderes promovida pela Peniel – ELIM (Escola de Liderança em Movimento), onde tinham mais de 250 líderes que em lágrimas agradeciam a cada ministração nos informando que nunca tinham tido o privilégio de serem ministrados desta forma, e que estavam impactados, testemunhando que nunca mais seriam os mesmos, e seus ministérios e chamada nunca mais seriam iguais.

Foram 3 dias maravilhosos, onde fomos tremendamente honrados, com muita alegria, carinho e presentes no encerramento pela igreja e o Conselho de Pastores de Dondo/Sofala!

No domingo o Ap. Claayton ministrou em Beira/Moçambique onde tinham mais de 6 mil pessoas, e no dia seguinte pela madrugada já seguimos viagem rumo a Malawi.

Uma tremenda luta e resistência para passarmos na imigração, pois não queriam aceitar o visto tirado no Brasil, muita corrupção, criaram inúmeras taxas para nos autorizar e enquanto não pagamos as taxas não conseguimos entrar.

Enfim chegamos em Blantyre/Malawi onde o Pr. Marcos nos encontrou e já nos levou para a sua casa, estávamos todos cansados, pois haviam sido 19 horas de carro; tínhamos alugado uma VAN e até agora não entendemos como couberam todas as doações, bagagem e mais 200 Bíblias que compramos na Sociedade Bíblica em Moçambique, realmente um grande milagre.

No dia seguinte pela manhã dirigimos rumo a GABO/ no Vale em Malawi de onde fizemos nossa base para visitar os vilarejos e fazer o trabalho evangelístico e distribuir os donativos. Cada província uma surpresa e um impacto, pois a alegria contagiante da recepção nos motivava e mesmo em meio a dificuldades, fome e miséria pudemos ver a alegria do Senhor em cada rosto, o esforço e dedicação de cada igreja em nos acolher.

No último vilarejo, um desafio maior, garupa da bicicleta, atravessar um rio de canoa (tronco de árvore), um longo trajeto a pé, e depois garupa de bicicleta, mas foi maravilhoso, um trajeto de aproximadamente 15 km. Em todos esses vilarejos aprendemos a saudação “Entendêre Mambúiê” – que significa “A PAZ DO SENHOR”, e assim que agradeço a cada intercessor que se colocou na brecha sabendo que o vosso esforço tem uma recompensa!

 

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *